Uma série de coisas faz com que seu dia seja péssimo:
você acorda já com aquele humor pra baixo de zero,
alguém te sacode na mesa do café da manhã,
o tempo muda bruscamente no fim da tarde e uma chuva começa cair justamente
na hora em que você está assistindo a um filme daqueles que te fazem, por motivos pessois, pensar em coisas aleatórias.
Fale mais da chuva.
Ah.. é linda. Daquelas que caem junto ao pôr-do-sol. Ao fundo você vê um céu totalmente cinza e em pimeiro plano as últimas luzes do dia. Douradas.
Os pingos que escorrem do telhado brilham, não sendo só pingos de nuvens cinzentas, mas pingos de um céu de duas metades: uma cinza, outra dourada.
E aquele som, por vezes completado com um estrondo.
Você queria ser aquela menina do filme.
Com seu cabelo despenteado e suas roupas cheias de estilo, que você mesma faria.
Mas você não vai ser aquela menina.
Não vai ser aquela menina porque é impossível trocar o estilo das roupas pelo que você acredita.
E é verdade. No fundo, você tem suas próprias certezas, seus pensamento que você acha estarem confusos mas que são apenas fruto da originalidade de cada um.
Mas em sua totalidade, esses pensamento e essas certezas são tão diferentes dos outros, da sociedade desses tempos, que é por isso que você não os conta a ninguém.
É por isso que você dialoga sozinha com seus pensamentos.
Pode-se dizer até que eles são, de um certo modo, arraigados.
É. Arraigados.
Mas são eles que dão sentido e impedem que esses dias sejam completamente frustrantes.
A frustração é imaginária e, se você quer acreditar que ela impera sobre os últimos acontecimentos, isso é pura bobagem.
segunda-feira, fevereiro 23
Segunda-feira.
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Segunda-feira.
2009-02-23T20:08:00-03:00
Malu
Ponto de Vista|
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