domingo, fevereiro 15

Poesia.

Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo

Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu

Sei lá... sei lá... sei lá....
Se o que deu é meu...

Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?

Vai saber,
Quem souber me salve...

-O Teatro Mágico "Sobra Tanta Falta"


Eu que antes acreditava em tudo, agora já não sei mais de nada...
Eu que antes acreditava, agora tudo que sei é que tá desmoronando.
Tudo tá desmoronando.
Percebi que preciso disso pra desabafar. Meditar. Sei lá.
Mas acabei de perceber agora, razão dessas palavras, que o que for desabar, que desabe.
É que nem final de semestre na faculdade, quando você simplesmente se deixa levar, até que acabam os últimos dias e você pode respirar.
Agora é assim.

Vou prender o fôlego e deixar passar.


Porque já disse Aniteli, meu poeta preferido:
"...todo sopro que apaga uma chama,

reacende o que for pra ficar."